"LOUCOS COMO EU VIVEM POUCO,MAS VIVEMOS COMO QUEREMOS!"

domingo, 20 de junho de 2010

-DENZEL WASHINGTON.



Filho de uma manicure e
de um pastor pentecostal,
Denzel nasceu em Mount Vernon,
no estado de Nova York, e gosta
de deixar claro logo de cara que
precisou de muita sorte, além
de talento, para chegar lá.
Até debutar no cinema, em A Cara
do Pai, amargou anos e anos fazendo
peças inexpressivas off-Broadway e
seriados de TV descartáveis.
"Sorte é o encontro da oportunidade
com a preparação. Eu estava pronto
para agarrar com unhas e dentes
as chances que surgiram", conta ele,
que há dois anos inaugurou uma
nova fase na carreira, estreando
como diretor em Voltando a Viver
- Antwone Fisher. Não ter deixado
a inteligência sucumbir ao ego
também o ajudou a construir
uma reputação sólida em Hollywood.
"Sidney Poitier (um dos atores negros
mais famosos dos anos 50 e 60)
me deu um conselho que jamais esqueci.
Disse que, quando o público vê
o ator a semana inteira dando
entrevistas para TV, jornais e revistas,
ele não compra o ingresso para
vê-lo no cinema. Para que pagar
por algo que você tem gratuitamente?
"Denzel lamenta que os atores
mais jovens caiam nessa armadilha.
"Aparecer na capa de uma revista
não faz de você um ator e sim
uma celebridade, coisa
que nunca me interessou."
Vestindo um jeans que há muito
deixou de ser novo, uma camisa verde
de mangas compridas caída por fora
da calça, um par de tênis surrado e
um relógio Casio de 39 dólares,
Denzel explica sua modéstia,
que não se limita a objetos bons
e necessariamente baratos.
"Não procuro as coisas que quero
pelo preço. Se compro algo é por causa
da qualidade ou simplesmente
por adequar ao meu gosto. Por que gastar
uma fortuna com um relógio de
marca cara se é este que
me faz a cabeça?", pergunta.




Mas não se engane em pensar
que a mansão de Los Angeles
onde mora o ator negro de maior
sucesso e salário em Hollywood
não guarda algumas preciosidades
capazes de arregalar os olhos dos
habitantes menos consumistas
do planeta. "Tenho uma coisa ou
outra de valor", admite sorrindo.
"Confesso que tenho uns carros
bem caros e velozes na garagem
lá de casa", acrescenta ele ao referir-se
à reluzente máquina que costuma
usar para passear com a família ou
ir à igreja pentecostal aos domingos.
Mesmo não levando o Oscar, o cacife
de Denzel Washington subiu muito.
Ele agora deve passar a ganhar
cerca de 20 milhões de dólares por filme.
A chegada dos 50 anos não preocupa
Denzel Washington. Nem poderia.
O bonitão de 1,83 m de altura,
corpo musculoso e sorriso sedutor
mantém a mesma jovialidade,
bom humor e sex appeal de mais de
20 anos atrás, quando foi descoberto
por Hollywood. "Se a gravidade age
durante a noite, eu malho durante o dia",
diz brincando o astro, que completa
o aniversário no dia 28 de dezembro.
Um dos atores mais respeitados da
indústria do cinema, Denzel costuma
dizer que não tem tempo para envelhecer
porque está "sempre em movimento".
Sua extensa filmografia, com mais de
40 títulos, não o deixa mentir.
Até o final do ano, mais dois de
seus longas-metragens aterrisam nos
cinemas brasileiros: o policial Chamas
da Vingança e o thriller Sob o Domínio
do Mal. "Os cabelos brancos não vão
me segurar", garante ele, um dos atores
negros mais requisitados do cinema
americano, com o cachê
médio de US$ 12 milhões.
Desde que ganhou o primeiro papel
de destaque nas telas, em A História
de um Soldado, Denzel está
acostumado a hipnotizar o público.
Principalmente o feminino. "Eu me cuido.
Faço tudo para me sentir bem física,
mental e espiritualmente. Sou o único
responsável pela minha saúde e felicidade",
afirma o astro, eleito várias vezes
pela revista People como uma das 50
pessoas mais bonitas do planeta.
"Se eu quiser continuar a figurar
nessas listas, preciso parar de
comer fajitas (um prato mexicano)
engorduradas", diz ele, que recebeu a
reportagem da ELLE em uma suíte
do Hotel Essex House, de Nova York,
vestindo jeans, camisa branca e
blazer preto. "Não estou nem aí para a moda.
Gosto mesmo de usar camisetas velhas."




Sem disposição para posar de
galã nas telas, o ator reflete em
suas escolhas a preocupação com
as questões raciais, sociais e políticas.
"Não vejo graça em bancar o príncipe
encantado de comédia romântica",
diz Denzel, vencedor de dois Oscar:
como melhor ator por Dia de Treinamento
(2001), que denuncia a corrupção
na polícia de Los Angeles, e como
coadjuvante por Tempo de Glória (1989),
a história do primeiro regimento negro
que lutou na Guerra Civil americana.
Ao longo da carreira, ele foi indicado à
estatueta por Um Grito de Liberdade (1987),
pelo desempenho como um ativista
político sul-africano que luta contra o
apartheid e morre torturado na prisão,
por Malcolm X (1992), cinebiografia de
um dos mais importantes ativistas negros
nos EUA, e por Hurricane - O Furacão
(1999), com o papel do boxeador condenado
por um crime que não cometeu.
Em Chamas da Vingança, Denzel interpreta
um guarda-costas que tenta evitar o
seqüestro de uma criança americana
no México. "O filme serve de alerta para
um problema crescente no México,
na Guatemala e no Brasil, países onde
o seqüestro virou um negócio lucrativo",
afirma o ator, que contracena com
a menina Dakota Fanning. Já Sob o
Domínio do Mal conta a história de
um oficial militar que tem pesadelos
sobre sua última missão, na Guerra
do Kuwait. Trata-se de um remake de
um filme de 1962 que abordava a
Guerra da Coréia. "Fiquei intrigado com
o roteiro, que fala de temas tão diferentes
quanto o controle da mente, o abuso de
poder político e a conspiração", diz Denzel,
que encarna o papel vivido por Frank
Sinatra na trama original. "Por respeitar
demais o trabalho de Sinatra,
preferi não assistir o primeiro filme
para não me deixar influenciar.




Indiferente à fama e ao glamour,
o astro prefere levar uma vida tranqüila,
longe dos holofotes. Faz tudo para
preservar a mulher, Pauletta, uma pianista
clássica e ex-cantora da Broadway,
com quem está casado há 22 anos,
e os quatro filhos - John David, 19 anos,
Kátia, 16, e os gêmeos Olivia e Malcolm,
13 (este ganhou o nome em homenagem
ao líder negro interpretado pelo pai
em Malcolm X). "Não gosto de festas
barulhentas. Só compareço às pré-estréias
de meus filmes para honrar o meu
compromisso profissional." Apesar da vida
boa que o cinema lhe proporciona
(como a maioria dos astros, ele vive em
uma mansão em Los Angeles e dirige
carros luxuosos), o ator diz apreciar
as coisas simples da vida. "Se aprendi
alguma coisa na minha trajetória foi que
não preciso de muito para viver bem.
O que conta não é o que você tem,
mas o que faz com o que tem", diz Denzel,
que não abre mão de freqüentar a missa
da Igreja Pentecostal aos domingos.
O ator garante nunca ter se esquecido
de suas raízes. "Quando olhamos demais
para uma meta, a tendência é esquecermos
o que está ao nosso redor. Tive a felicidade
de ter sempre ao meu lado uma mulher
forte como Pauletta. Ela me ajuda a
manter a cabeça no lugar e não permite
que eu me comporte como dono do mundo.
" Se existe um segredo por trás desse
casamento duradouro, coisa rara em
Hollywood, Denzel acredita ter sido
a opção de nunca negligenciar a família
em nome do trabalho. "Conheço muitos
atores que destruíram suas vidas pessoais
porque apostaram tudo na carreira.
Não poderia me olhar no espelho se,
de alguma forma, prejudicasse a minha
mulher ou os meus filhos por trabalhar demais.
Eles sabem que sempre podem contar comigo.
" Esse é o típico cara legal que Denzel
interpreta nas telas mostrando seu lado na vida real.




Filmografia
2007 - American gangster
2006 - Déjà vu
(Déjà vu)
2006 - O plano perfeito
(Inside man)
2004 - Chamas da vingança
(Man on fire)
2004 - Sob o domínio do mal
(Manchurian candidate, The)
2003 - Por um triz
(Out of fire)
2002 - Um ato de coragem
(John Q)
2002 - Voltando a viver
(Antwone Fisher)
2001 - Dia de treinamento
(Training day)
2000 - Duelo de titãs
(Remember the titans)
1999 - Hurricane - O Furacão
(Hurricane, The)
1999 - O colecionador de ossos
(Bone Collector, The)
1998 - Nova York sitiada
(Siege, The)
1998 - Jogada ensaiada
(He got game)
1998 - Possuídos
(Fallen)
1996 - Um anjo em minha vida
(Preacher's wife, The)
1996 - Coragem sob fogo
(Courage under fire)
1995 - O diabo veste azul
(Devil in a blue dress)
1995 - Assassino virtual
(Virtuosity)
1995 - Maré vermelha
(Crimson tide)
1993 - O dossiê pelicano
(Pelican Brief, The)
1993 - Muito barulho por nada
(Much ado about nothing)
1993 - Filadélfia
(Philadelphia)
1992 - Malcolm X
(Malcolm X)
1991 - Sem limite para vingar
(Ricochet)
1991 - Mississipi Massala
(Mississipi Massala)
1990 - Mais e melhores blues
(Mo'better blues)
1990 - Uma estranha condição
(Heart condition)
1989 - Tempo de glória
(Glory)
1989 - Herói sem Pátria
(For queen and country)
1989 - Mighty Quinn, The
1987 - Um grito de liberdade
(Cry freedom)
1986 - Uma lição de coragem
(George McKenna story, The) (TV)
1986 - Os donos do poder
(Power)
1984 - License to kill
(TV)
1984 - A história de um soldado
(A soldier's story)
1981 - A cara do pai
(Carbon copy)
1979 - Flesh & blood
(TV)
1977 - Wilma




Premiações
Recebeu 3 indicações ao Oscar de Melhor Ator,
por "Malcolm X" (1992), "Hurricane
-O furacão" (2000) e "Dia de Treinamento"
(2002). Ganhou por "Dia de Treinamento".
Recebeu 2 indicações ao Oscar de Melhor
Ator Coadjuvante, por "Um Grito de Liberdade"
(1987) e "Tempo de Glória" (1989).
Venceu por "Tempo de Glória".

Recebeu 4 indicações ao Globo de Ouro
de Melhor Ator - Drama, por "Um Grito
de Liberdade" (1987), "Malcolm X".

(1992), "Hurricane - O Furacão" (1999) e

"Dia de Treinamento" (2001).

Venceu por "Hurricane - O Furacão".

Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator

Coadjuvante, por "Tempo de Glória" (1989).

Ganhou 2 vezes o Urso de Prata de

Melhor Ator, no Festival de Berlim,

por "Malcolm X" (1992) e "Hurricane

- O Furacão" (1999).

Recebeu 2 indicações ao MTV Movie

Awards de Melhor Actor, por "Malcolm X" (1992)

e "Maré Vermelha" (1995). Venceu por "Malcolm X".

Ganhou o MTV Movie Awards de Melhor

Vilão, por "Dia de Treinamento" (2001).

Recebeu uma indicação ao MTV Movie

Awards de o Mais Gostoso, por

"O Dossiê Pelicano" (1993).

Recebeu uma indicação ao MTV Movie

Awards de Melhor Frase, por "Dia de Treinamento" (2001).

Recebeu uma indicação ao MTV Movie

Awards de Melhor Dupla, por "Filadélfia" (1993).



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